domingo, 25 de outubro de 2009

DOMINGO DE TODAS AS CORES


Esse fim-de-semana aconteceu em Porto Alegre dois eventos que poderiam ser considerados por muitos antagônicos, talvez até sejam sob certo aspecto.

Num ponto da cidade o clássico de maior rivalidade do Brasil, o GRE-NAL rolava tenso, noutro ponto da capital quase dez trio-elétricos tomavam algumas ruas da cidade na alegre marcha da 13ª Parada Livre, no populacho, a Parada Gay, Lésbica, Transexual, ou seja lá quantos gêneros incluam na sigla.

No jogo, melhor impossível, mais uma vitória colorada, alias, dos 5 GRE-NAIS deste ano, 4 tiveram esse resultado, e ainda tem gremista que tenta comparar...

Na passeata, nem tão bem assim. Ano passado achei isso AQUI, e esse ano, confesso que não achei coisa muito melhor.

O tema foi “DIREITO SIM, VIOLÊNCIA NÃO” – pesquisas apontam um crescimento preocupante de assassinatos envolvendo preconceito sexual. Até ai tudo ótimo, acho que se tem mesmo que por a cara a tapa para alertar a sociedade que alguma coisa esta fora da ordem.

Mas, sinceramente, começo a discordar que esse seja o foco. Aquilo não é protesto, é festa!

Concordo com esses dois tipos de manifestações, uma festa para visibilidade é ponto! Mostra que os homossexuais estão mesmo ai e são parte da sociedade sem qualquer demérito. Só não concordo que travestis seminus e go go boys de sunga estão dando credibilidade a uma manifestação que pede respeito.

Não mistura coisa séria com festa. Fica mais bonito, mais convincente, menos incongruente!

Acabei misturando alhos com bugalhos hoje!

‘Vamo’ que ‘vamo’!

Bola pro mato que o jogo é de campeonato!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A VISITA DO DEMÔNIO (BAITA TROVA)




'BAITA TROVA de um JOÃO' é na verdade um relato verídico de fatos que acontecem na minha vida e que não interessariam a ninguém, no entanto são fatos atípicos que no meu entendimento merecem, no mínimo, um registro. Sei que descrever esses episódios acaba deixando-os mais frios e insípidos, mesmo assim sigo o baile!

 Toda vez que surgir a “BAITA TROVA de um JOÃO” já saibam do que se trata!
 Ah! Esses meus 'causos' não obedecem à ordem cronológica nenhuma, seguem apenas os ciclos randômicoS de minha memória segmentada!



Esse caso é realmente intrigante e VERIDICO.
Aconteceu comigo há alguns anos atrás em Porto Alegre / RS, no bairro boêmio da Cidade Baixa.
Era junho e me lembro que aquela noite estava especialmente fria. Nessa época eu morava sozinho num apartamento tipo JK, e minha única companhia era o grosso e pesado acolchoado com estampa de gosto duvidoso, presente de minha avó paterna.
O silêncio do prédio fazia com que todos os pequenos barulhos fossem extremamente audíveis na madrugada gelada.
Ao lado do prédio funcionava uma asa de bingo muito grande e freqüentada por toda sorte de pessoas. Até o começo da madrugada eu ainda podia ouvir ao longe e de forma abafadiça os números sendo cantados pelos locutores de vozes bem empostadas.
No horário previsto cessavam-se todos os sons e eu consegui enfim encontrar meu sono REM, mas aquele silêncio esperado abriu espaço para um outro som intrigante!
Quase caindo em sono profundo fui desperto por um conhecido som, mas que na hora não pude identificar qual era. Esperei pela próxima ocorrência, já que pareciam ser cíclicos os sons. E assim aconteceu. Um estranho sinal sonoro parecido com um ‘bip’ mais agudo e um pouco mais contínuo.
Apurei meus ouvidos, o som vinha de dentro do apartamento. A frequência dos ruídos não era simétrica, não havia naqueles sons uma regularidade ou um padrão, eles vinham e paravam alternadamente.
Certamente se fosse uma noite quente eu já teria pulado da cama e investigado cada canto do apartamento até descobrir a origem do som intrigante que perturbava meu sono, no entanto a madrugada estava gélida e até se mexer sob as cobertas e encontrar na cama partes inabitadas era muito desconfortante, desisti da investigação.
As horas passavam e o som parecia ainda mais impertinente, e eu mais e mais cismado. Um longo bocejo parece que despertou meus tímpanos. O som bizarro vinha da cozinha, mais especificamente vinha do micro-ondas. Era o som dos botões sendo programados.
O sono tinha me afetado o raciocínio, mas duas hipóteses eram obvias: ou era mau funcionamento do aparelho ou ele tinha adquirido vida própria e planejava dominar o mundo junto com todos os outros micro-ondas do planeta. Tendi para primeira hipótese, até por comodismo.
O trajeto até cozinha, apesar de curto, foi muito pesaroso. O frio era desanimador e foi nesse momento que pensamentos sinistros me aturdiram a mente, devaneios de um ser assonorentado. Se, como nos filmes de terror B, eu desligasse da tomada o aparelho e ele seguisse emitindo aqueles sons... seria sinistro.

Nada disso aconteceu naquela noite. Aparentemente um mau contato no painel de controle havia acionado alguns dos botões, por sorte não o de ligar, porque isso sim poderia ser perigoso. A noite seguiu tranqüila.
Antes de mandar para o conserto, amigos puderam presenciar alguns eventos semelhantes do micro-ondas pró-ativo, são minhas testemunhas.
Dois dias depois que meu micro-ondas retornou do técnico, numa noite igualmente fria, ele voltou a tentar aquele insólito contato comigo.
Sempre que acordo de madrugada tenho habito de verificar o horário, não é difícil, um relógio digital com números vermelhos brilhantes fica bem próximo à cabeceira da cama.
Três horas em ponto ele começou a emitir seus azucrinantes sons. Pra quem não sabe, três horas da madrugada é, supostamente, o horário do demônio. Eu sabia.
Do momento em que me levantei da cama até alcançar a cozinha os ‘bips’ foram cada vez mais seguidos, por fim já estavam quase num toque único e continuo, perturbador.
Abri a porta da cozinha particularmente irritado e intrigado, o técnico não havia encontrado nenhum defeito no aparelho e na semana em que ficou no conserto não havia apresentado qualquer problema.
Antes que eu conseguisse desligar o aparelho sinistro da tomada pude ver no visor digital uma seqüência de números que até hoje me deixa muito desconfortável.
No painel os números registravam o código do demônio: 666.

As pessoas hoje podem dar qualquer explicação para esse evento. Analisando friamente e ceticamente é claro que se trata de uma infeliz coincidência, tanto que hoje o caso é motivo de brincadeiras entre os meus amigos, e não poderia ser diferente.
Prefiro acreditar também na hipótese da coincidência dos fatos. Não pode haver um micro-ondas possuído, acho que o demônio se valeria de outro eletrodoméstico se quisesse se manifestar ou tentar um contato.
Se acredito no demônio? Eu acredito em Deus e não acho que possa existir o bem sem o mal. Talvez o “666” se use de sua baixa credibilidade para influenciar melhor as pessoas, ou nesse caso os eletrodomésticos (risos).
Esse não foi o único caso sobrenatural deste apartamento, mas deixo isso pra outra trova!



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

AO LADO DA CASA MONSTRO


Ao lado do prédio onde moro, existe um casarão de três andares chamado Casa dos Leões, do tempo em que as mansões tinham nome próprio, um lugar abandonado com muita história no passado.

O caso é que já há uns 15 dias o velho palacete veio estranhamente se transformando...
Eu, vizinho da aberração, pude acompanhar o inusitado passo a passo da transformação, incompreensível, até então.



Agora que a mutação está concluída, não só eu, mas toda população pode saber que se trata de um dos primeiros sinais da 7ª Bienal do MERCOSUL - GRITO E ESCUTA - que está pintando por aqui.
Ufa! Tudo explicado, não faz nenhum sentido literal aquilo tudo, o sentido fica por conta do subjetivo mesmo! E sendo assim, a obra está arrebatadora!

Hoje, feriado, saiu na capa do jornal Zero Hora, o de maior circulação no estado, uma foto da chamada, pela edição, "CASA MONSTRO" e todos seus objetivos conceituais. Fiquei impressionado com a força da mídia! Menos de 5 horas depois a romaria em frente a casa foi constante! O lugar foi fotografado e admirado por um sem-número de transeuntes! TENHO MEDO DA FORÇA DA RBS!

O artista é paulista, Henrique Oliveira, e pelo que vi no site do jovem, ele é muito talentoso!! Clicando no nome dele você chega ao site e pode confirmar o que digo!

Agora eu falo sério! Se eu deixar de escrever neste blog por mais de 7 dias, pelo amor de Deus, me procurem dentro daquela casa bizarra!!


Foto ZH: Mauro Vieira

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

OUTUBRO ROSA

Hoje a caminho da faculdade vi um dos monumentos mais famosos da cidade (homenagem a Júlio de Castilhos que fica na Praça da Matriz de Porto Alegre) todo iluminado em motivos róseos. Fiquei intrigado com o fato e fui investigar o fato que era mais do que o meu olho podia ver.

É por isso que eu digo que não vivo sem o Google! Tenho até medo dessa 'dependência' e  o pior é que posso conjeturar problemas futuros... disso falo depois, em outro post!

Trata-se do "OUTUBRO ROSA", uma campanha, organizada aqui no estado pelo  Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), voltada para conscientização sobre o câncer de mama e divulgação da lei 11.664/2008, de 29 de abril de 2009, que garante o acesso à mamografia para mulheres acima de 40 anos. O lema da campanha é "Mamografia: Agora é Lei!"

O mais bacana é que essa campanha acontece em diversos estados ao mesmo tempo, e pelo mundo também! Em todos esses lugares também haverá a iluminação cor-de-rosa em monumentos históricos e famosos. Vi na internet alguns desses pontos, vale a pena procurar pelas imagens do 'outubro rosa' ou 'pink for october', tudo ficou muito legal e com certeza chamará a atenção do povo, ótima jogada de marketing! Comigo funcionou.

Espero que chamar a atenção sobre o assunto dessa forma surta efeito efetivo no público alvo. Particularmente, graças a Deus não tenho na família esse tipo de problema (câncer de mama), no entanto a mãe de uma amiga e colega de faculdade esta passando por isso.  É uma barra muito pesada para toda família. Ela que sempre foi super cuidadosa com a saúde, deixou de fazer o preventivo um único ano apenas, e foi justo quando apareceu o câncer. A briga é feia, todos sabemos, mas também sabemos que dá pra vencer.

Segue o serviço:

Femama 
 Foto:Adriana Franciosi (ZH)
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