Depois que a dor se for
Depois de tantas noites mal dormidas
Depois que passar o amor
Vou voltar a ser eu de verdade
Vou poder reencontrar meu norte
Vou acreditar outra vez em lealdade
Vou conseguir outra vez ser forte
Se isso tudo antes não me matar
Se eu não voltar a me perder
Se a tempestade não me reencontrar
Se for menos doloroso viver
Quando o espelho for menos cruel
Quando não mais culparei a mim
Quando descobrir qual foi o meu papel
Quando compreenderei melhor o fim
Agora que não estas ao meu lado
e sei que não posso banir sentimentos profundos
te aceito bem-vindo como o meu passado
Agora que te tranquei num quartinho dos fundos
Depois de tantas noites mal dormidas
Depois que passar o amor
Vou voltar a ser eu de verdade
Vou poder reencontrar meu norte
Vou acreditar outra vez em lealdade
Vou conseguir outra vez ser forte
Se isso tudo antes não me matar
Se eu não voltar a me perder
Se a tempestade não me reencontrar
Se for menos doloroso viver
Quando o espelho for menos cruel
Quando não mais culparei a mim
Quando descobrir qual foi o meu papel
Quando compreenderei melhor o fim
Agora que não estas ao meu lado
e sei que não posso banir sentimentos profundos
te aceito bem-vindo como o meu passado
Agora que te tranquei num quartinho dos fundos
João Francisco Viégas (2000)
Um comentário:
"Quando não mais culparei a mim". Sim, João, é esse o momento da libertação. Só aí nos permitimos ser felizes, estar felizes. Escrevi sobre perdão porque precisamos reconhecer que ultrapassar o muro da culpa é a primeira dose do lenitivo contra a dor.
Seu poema é lindo. bjs. Veronica
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