segunda-feira, 24 de novembro de 2008

NEGÓCIOS A PARTE


Recebi hoje, logo cedo, um e-mail que fez o meu dia bem mais feliz!

Quase como uma criança que ganha um doce.

Um e-mail com não mais que duas linhas, mas um e-mail muito especial pra mim!

Aniele, a remetente, é uma amiga de longa data. Uma dessas pessoas que não se encontram muitas pela jornada.

Trouxemos nossa amizade de Camaquã, onde passamos por muitas e boas. Em nossas biografias certamente teremos uns bons capítulos juntos. É tão bom amar tanto os amigos que suas vitórias acabam sendo um pouco nossas também. E é isso que sinto vendo a vida dos meus amigos cada vez melhor encaminhada.

Pois bem, essa dileta amiga hoje me deu um feedback que espero há tempos:

Oi Joaoo

Esse e-mail é só para dizer que estou no capítulo 10 do teu livro e que ele é Super!!!


Quero terminá-lo antes do final do ano, aí poderei falar dele como todo.


Bj


Ani


Simples ! Mas ótimo de ouvir, digo, ler!

Não pelo elogio, que poderia ser também uma critica, mas pela presença amistosa de alguém de casa no meu terreno.

Quando o site do meu livro foi pro ar eu divulguei o endereço timidamente a alguns amigos. Esperava que eles entrassem, lessem, comentassem e certamente me dessem alguns toques para melhorar, corrigir e afinar o meu texto.

Não foi o que aconteceu.

Entraram, olharam o layout, fizeram comentários superficiais e previsíveis. É foda não ter amigos chegados em leitura.

Claro que fiquei chateado, mas nada que me surpreendesse de verdade. Afinal não se pode cobrar certas coisas que deveriam ser espontâneas.

Juro que se eu tivesse um amigo ‘escritor’ que contasse com minha opinião eu ia ser MUITO presente. Eu devoraria o livro dele, ruim ou bom, eu seria altamente interativo.

Voltando pra Ani, essa leitora foi uma surpresa devastadora!

Não que outras opiniões não contem, mas sei que ela tem um olhar especialmente criativo. Vou esperar ansioso pelo comentário final dela. Bom ou ruim eu vou abraçar essa opinião com entusiasmo e atenção.

Não tenho para agora pretensões literárias, mas com certeza gostaria de aprimorar minha escrita, e sei que há um longo e árduo trabalho pela frente.

Todo esse post só pra dizer que estou feliz por ter uma leitora AMIGA.

Coisas de um pai ansioso.

Ah, pra quem não conhece o livro, segue o link: Matéria de Capa

Já sabem que visitas e opiniões são muito bem vindas!

"Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse."
Friedrich Nietzsche

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A ESPERA


Já passava das quatro da madrugada e ele ainda não havia chegado. Ela acompanhava o letárgico ponteiro do relógio pendurado na parede da cozinha, e ele parecia desafiá-la quase parando.

Não era a primeira vez que ficava naquele desespero a espera do seu retorno. Infelizmente coisas horríveis não lhe deixavam a mente em paz. Dormir seria impossível.

A sirene distante de uma ambulância crispou seus músculos já tensos. Pensou em ligar para alguém, mas sentiu vergonha da situação. Não gostaria de humilhar-se a esse ponto. Todos na cidade pareciam descansar, coisa que ela desejava fazer, mas não conseguia.

O apartamento estava completamente no escuro, a penumbra ilustrava primorosamente seu estado de espírito. Além de escuro estava completamente vazio. Era assim que ela sentia. Nem mesmo sua presença era capaz de ocupar aquele imóvel. Sentia-se um espírito errante vagando pelos cômodos.

Foi a até a cozinha novamente e olhou o relógio que ainda não havia se mexido. Conferiu se as pilhas estavam em ordem, ela sabia que estariam.

Havia deixado sobre o aparador da sala de jantar o porta-retrato com a foto dele que mais gostava. Na foto ele estava realmente magnífico. Ninguém que pusesse os olhos sobre aquele retrato conseguia ser indiferente, o elogio era sempre rasgado. Ela não havia saído tão bem na foto, mas o importante era ele, vistoso, garboso e único.

Pensou em tomar alguns ansioliticos, mas logo declinou. Tinha que estar acordada e atenta, vigiando sua chegada.

Conjeturou o retorno dele. Não perderia tempo com brigas, já fizera isso antes de maneira improfícua. Apenas iria abraçá-lo e esquecer aqueles momentos de angustia.

Assim amanheceu o dia e nem sinal dele.

Ela chegou a cochilar no sofá, mas despertara ainda mais nervosa e tomada por uma dor de cabeça devastadora.

Correu os olhos pela sala e lá estava ele. Encararam-se ciosamente por alguns segundos. Ele sabia do desespero dela, ela sabia do instinto dele.

Em passos sinuosos ele foi até ela e se aconchegou em seu colo. Ronronou e acomodou-se. Agora os dois poderiam dormir em paz. Ela aliviada por ele e ele saciado pela rua.

Ela sabia que gatos tem vida própria muito além do domínio de seus donos.

Porém, já nascemos livres!


quarta-feira, 19 de novembro de 2008

TEU ANIVERSÁRIO

Hoje comemoram teu aniversário
e dessa vez quase deu pra esquecer
e eu, não mais que um corsário
na tua vida não posso mais caber

Daria em mil beijos os parabéns
daria tudo para estar ao teu lado
mas somos dos nossos erros reféns
Antes de nada tivesse lembrado

Ficar de longe pra mim é tão pouco
Queria ser eu o teu melhor presente
penso que pra me esquecer falte pouco
e me mata ser pra ti ausente

No teu aniversário, tem mesmo que ser assim
As palmas são todas pra você
E as lágrimas são todas pra mim




João Francisco Viégas

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

CULTIVE SEUS DIREITOS


Hoje rolou aqui em Porto Alegre a 12ª Parada Livre - "CULTIVE SEUS DIREITOS" (a conhecida Parada do Orgulho Gay – em alusão ao 28 de junho de 1969).

Pertinho de casa, um solzinho tímido querendo se deflagrar, bom, não precisou o telefone me chamar duas vezes. Acho que tem uns cinco anos que sempre vou assistir a manifestação.

O evento, com o que ele se propõe originalmente, é algo incrível e positivo. A luta pelos direitos humanos sempre terá meu apoio total, geral e irrestrito. Abomino qualquer tipo de preconceito, seja ele sexual, racial, social, religioso, enfim qualquer tipo mesmo.

Estavam lá todos e todas. As mais inflamadas, as mais agressivas, as mais caricatas, também estavam as politicas, as engajadas, as celeradas. Não faltaram os simpáticos simpatizantes. As vovós complacentes, os filhinhos sacudidos ao som alto dos trios-elétricos, os pseudo machões babando pelos travestis turbinados e despudorados. Famílias inteiras tomando seu chimarrão e interagindo discretamente com a diversidade.

Não desmerecendo o certamente árduo trabalho dos grupos que a organizaram, eu achei essa Parada meio parada mesmo! Quando se fala em uma festa de visibilidade gay acredito que o minimalismo seja um erro primário.

E foi isso que achei. Achei pouco glamour, achei pouca ferveção, achei que faltou literalmente ‘purpurina’. Como já disse, eu acompanho a parada há alguns anos e pensei que era natural o ‘crescente’ brilho dessa festa, aja vista o que aconteceu com a de São Paulo que superou as festas americanas. Parece que aqui no sul o ‘boom’ não rolou, e nem se tem mais a desculpa do frio de junho.

Não descarto a possibilidade de que eu posso estar mais chato do que antes. A maturidade me fez não descartar mais nenhuma possibilidade!

Porque o Dia do Orgulho Gay? Por que 28 de junho?

Frequentadores do bar Stonewall Inn (Nova Iorque - EUA), voltado para o público homossexual e transexual, reagem à ação policial ali ocorrida, fato que desencadeia mais dois dias de protestos e culmina na marcha ocorrida no dia 1 de julho de 1970, em lembrança ao aniversário do motim, precursora das atuais Paradas do Orgulho Gay. [Wikipédia]

Então era isso!

Amanhã é dia de mau-humor!

"Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito."
(Albert Einstein)


sábado, 15 de novembro de 2008

MARKETING





Matéria de Capa



"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto."
Fernando Pessoa

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

CD ESTANDARTE


Estou conhecendo hoje na integra o novo CD do Skank (Estandarte). Como não sou, nem pretendo ser critico de música, apenas vou expressar o que sinto.

Já tinha ouvido e meus ouvidos aprovado muito a música de trabalho “Ainda gosto dela”, de autoria do Samuel com o Nando Reis.

Li algumas criticas falando bem do CD.

Eu ainda não posso falar do disco como um todo sem ser leviano. Custo um pouco mais a apreciar e degustar um novo trabalho. No inicio sempre me soa meio repetitivo ou agressivo. Com o tempo, a menos que seja tão ruim que eu desista, vou percebendo cada canção e curtindo, ou não, com mais propriedade.

Aconteceu assim com o CD solo da Paula Toller (Soños). Achei fraquíssimo e enfadonho. Passadas algumas semanas tornou-se um dos meu preferidos de 2008.

Porém tem musicas que me pegam no pulo, de cara, de fato! Aconteceu com “Sutilmente” desse CD. Uma outra parceria felicíssima do Samuel Rosa com o Nando Reis. Baladinha pop que tem tudo pra dar super certo. Pra mim já deu!



SUTILMENTE

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste

Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace

E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

(Samuel Rosa / Nando Reis)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

NEM TÃO FICÇÃO ASSIM


Ontem tive uma grata surpresa assistindo ao tele-jornal da Rede Globo (JN).

Foi descoberta no Egito mais uma pirâmide!

O que isso tem de relevante?

Oras, esse é o tema principal do livro "MATÉRIA DE CAPA".

Essa notícia é bem parecida com o começo do livro! Então a minha ficção é nem tão ficcionista assim!
Obviamente que o resto corre por conta do lúdico!

Há um sem-número de links sobre o assunto, quem estiver interessado é só dar um click aqui:


É isso então!
Abraço!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

54ª FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE

Pois é, está rolando aqui em Porto Alegre a 54ª Feira do Livro, a maior feira a céu aberto da América Latina. (de 31 de outubro a 16 de novembro)

Isso acontece bem na frente do meu trabalho, ou seja, era pra ser um prato cheio, mas de fato não é!

Não gosto muito de aglomerações. O centro de POA por si só já é uma confusão de gente que não me agrada, mas que por força do hábito me adaptei, mas em tempos de Feira o caos se torna assustador!

Gosto da idéia, gosto do resultado, mas não gosto de participar.

É inspirador ver tanta gente comprando tantos livros, chega a me dar esperanças. Existe uma pesquisa que garante que nós gaúchos somos os maiores leitores do país, eu não duvido.

O fato é que eu não sou um grande leitor. Adoraria ter mais tempo para poder me dedicar a leitura, mas falta tempo pra tudo nessa nossa vida alienada. Sim também sei que tempo é a gente que faz e isso é uma desculpinha muito da fajuta!

Queria muito ter ido na sessão de autógrafos da Martha Medeiros, mas a faculdade gritou meu nome mais alto e não deu pra ficar!

Por enquanto só dei uma passada lá com minha amiga e colega Rosi, mas muito de soslaio!

Queria estar ali lançando um livro meu. Que lindo que é sonhar, sonhar não custa nada!!

Simbora que a semana ta começando de novo e amanhã é dia de mau-humor!

"Todos nós temos nossas máquinas de tempo. Algumas nos levam de volta, elas são chamadas recordações. Algumas nos levam adiante, elas são chamadas sonhos."
Jeremy Irons



segunda-feira, 3 de novembro de 2008

I want to play a game...


Sexta-feira, na calada da madrugada fui assistir com meus diletos amigos SAW – Jogos Mortais V. Sou um discreto adepto a série.

Acho que a criatividade na construção das mortes é muito boa, ainda que a fórmula esteja ficando desgastada, afinal já são 5 filmes com um enredo bastante similar.

Também achei o 'link' para o próximo filme obvio demais. Sempre é, mas, por favor, tente me tapear!

É incontestável a qualidade dos efeitos, a direção é ágil e o filme quase com linguagem de vídeo-clipe não fica monótono!

A idéia do serial killer de que ele não mata ninguém, apenas da escolha para que elas encontrem a remissão ou a morte é muito boa! Lembro da Santa Inquisição onde se matava para que não se pecasse, quase como profilaxia. Desculpem se fui simplista com um assunto tão sério.

Bom, o filme como entretenimento meio bizarro cumpre seu papel, mas não alcança o nível dos outros da série que gradativamente vai perdendo o brilho e o viço.

Sai da sessão as 2:15 da madruga e valeu a pena. Depois de um dia onde cabeças rolaram no meu trabalho, depois de uma aula extenuante de inglês e matemática, esquartejamentos no telão foram fichinha!

Live or die.
Make your choice

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