terça-feira, 23 de agosto de 2011

IMPROVÁVEL – um espetáculo provavelmente bom!

Em tempos de criatividade deprimida, genialidade reprimida e subjetividade parca, um bom antídoto pra tudo isso é um grande espetáculo de humor! Tomei da veia! 

Esteve mais uma vez em Porto Alegre IMPROVÁVEL – um espetáculo provavelmente bom, produzido pela Cia. Barbixas de Humor. Não diferente do que acontece pelo resto do país onde se apresentam, a temporada gaucha foi um sucesso de publico. 

Eu sempre fui um fã confesso do formato do espetáculo (muito improviso, humor a enésima potencia, participação direta da platéia e talentos em constante prova). Já conhecia os vídeos do grupo que abundam no youtube (com recordes de audiência), também os assistia na MTV – Quinta Categoria, e mais tarde na Band – É Tudo Improviso!, inclusive esse já o 3º post falando disso! Então minha ida ao Theatro São Pedro não chega a ser um rompante! 

Quem não conhece esses caras, ta perdendo a chance de dar boas risadas, claro, pra quem gosta de um humor despretensioso e às vezes malicioso e incorreto, mas sempre de grande inventividade. 
 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

VERONIKA DECIDE MORRER

Algumas coisas são mesmo sem explicação. Por exemplo, sempre que eu faço alguma viagem na Páscoa, surge em meu caminho, de maneiras mais improváveis, algum livro do Paulo Coelho, e por ocasião, desfaço-me do preconceito e acabo lendo. Acho meio bizarra essas coincidências, mas tudo bem, o mundo geralmente é bizarro e inexplicável.

PAULO COELHO – não sou um leitor assíduo da obra dele, o excesso de ‘ocultismo’ da pessoa também não é algo que eu aplauda, mas acho que há muita pichação injusta a seus livros. Ele escreveu o livro brasileiro mais vendido em todos os tempos e também já esteve em 1º lugar da lista dos mais vendidos em 18 países. Vamos considerar isso!!

Numa Páscoa dessas encontrei “VERONIKA DECIDE MORRER”. O bom de uma leitura despretensiosa e descomplicada é que podemos nos surpreender. Pela 1ª vez na vida me vi descrito, em detalhes, nas características psicológicas de um personagem, e isso foi desconcertante, principalmente por que essa personagem estava decidia da morrer.


NÃO! Suicídio é absolutamente longe da minha realidade. Amo muito a vida e depressão passa a léguas da minha pessoa. Mas a morte do livro tinha outros mil significados recônditos. Havia ali, naquele momento, uma outra mensagem além da obvia escrita para os rasos.

Aconteceu que em 2009 o cinema americano resolveu adaptar a obra para as telonas. Eu fiquei ávido! Porem o filme passou completamente desapercebido! O sucesso que imaginei possível revelou-se um vácuo! 

Três anos depois, essa semana, assisti ao filme em casa, e pude entender a razão do insucesso. Realmente o filme é arrastado, chato, sem brilho, sem força. UMA PENA, afinal a adaptação de uma obra brasileira era para ser um evento! [ufanismo – mode ON].

Se alguém estiver em duvida, não raro, entre livro e filme, por favor, leia o livro. 

“Levava até as últimas conseqüências muitas coisas em sua vida, mas só o que não era importante – como prolongar brigas que um pedido de desculpa resolveria [...] fora intransigente justamente naquilo que era mais fácil: mostrar para si mesmo sua força e indiferença, quando na verdade era frágil, jamais conseguira destacar-se nos estudos, nas competições esportivas de sua escola, na tentativa de manter a harmonia em seu lar.
Superara os seus defeitos simples, só para ser derrotado nas coisas importantes e fundamentais. [...] dera a todos os seus amigos a impressão de ser um modelo que eles deviam invejar – e gastara o melhor de suas energias tentando se comportar a altura da imagem que criara para si mesmo.
Por causa disso, nunca lhe sobraram forças para ser ele mesmo – uma pessoa que, como todas as outras do mundo, necessitava de outros para ser feliz.”
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