terça-feira, 2 de dezembro de 2008

COMEÇO DO FIM


É o começo do fim do ano!

Não sei se considero mais um ou menos um ano, mas enfim, de qualquer forma 2008 está em seus derradeiros momentos e o suplicio rotineiro de fim de ano se apresenta.

Junto com tudo isso tem o meu aniversário, Natal e o Réveillon, nessa ordem.

No meu aniversário a vontade de reunir os amigos e a dificuldade de fazê-lo no fim de ano.

O Natal é a correria que me angustia, ir para Camaquã e encontrar minha família que ta submergida em problemas que eu não posso solucionar, e ainda ter que fazer X pra foto!

E no auge, o Réveillon que ainda é uma incógnita aterradora.

Meu aniversário tiro de letra, um, dez ou cem amigos reunidos, pra mim a festa é a mesma. Natal vai ser o que ta traçado, mas o Réveillon, esse eu queria ESPECIAL.

Há alguns anos que procuro esse 'algo, alguma coisa' especial. Catando essa noite já até tentei passar sozinho numa festa intima (bem intima) pra mim mesmo, nem isso deu certo, sempre aparece alguém, o que não significa necessáriamente boa companhia e nem o inverso também!

Vou tentar fugir de Porto Alegre, mas se não der também, azar! Minha felicidade me acompanha onde quer que eu vá, ela não vive sem mim e tampouco eu sem ela.

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O COMEÇO DO FIM DO MUNDO?
A tragédia em Santa Catarina com as enchentes, avalanches e soterramentos tem ocupado muitíssimo espaço na mídia. Se existe algum lado bom na tragédia esse lado é a solidariedade das pessoas que estão ajudando a reconstruir as cidades destruídas. O Brasil se uniu solidariamente, o Lula foi pessoalmente, o Papa enviou mensagem condolente.

Meu lado racional se consternou com toda essa tragédia, mas confesso que fiquei preocupado com algo que aconteceu comigo, ou melhor, algo que não aconteceu comigo.

Não sei por que, tenho várias hipóteses, mas de alguma forma toda essa tragédia com mais de 100 mortos, de fato não me sensibilizou como eu esperava. Tenho até medo de ser mal interpretado com essa colocação, mas essa é a verdade.

Parece que só o lado esquerdo do meu cérebro processou essas informações. Vejo tudo e ajo como se deve esperar de um ser-humano nessas situações. Sem hipocrisia, me preocupo com a situação, é claro. Até o pessoal no meu trabalho está bem mobilizado arrecadando mantimentos e dinheiro. Sei das dimensões da tragédia mas não consegui me por no lugar dos flagelados.

Talvez por já ter acostumado meus olhos a essas tragédias que acontecem no mundo afora cada vez com mais freqüência. Talvez por estar com a cabeça cheia demais com os meus problemas que também chegam em avalanches. Talvez eu tenha perdido a capacidade de me sensibilizar emocionalmente com o próximo. Talvez porque esteja cômodo demais o conforto seguro do meu apartamento, talvez, talvez, talvez... A verdade é que eu não sei o por que.

Pode parecer loucura, mas o fato de eu estar preocupado com isso me deixa menos preocupado!
De qualquer forma fé eu ainda tenho e vou rezar. Por eles, por nós, por todos.

"Solidariedade, amigos, não se agradece, comemora-se."
(Betinho)

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