sexta-feira, 31 de outubro de 2008

DIA DAS BRUXAS

Dia das Bruxas, mas te falo em bruxa solta mesmo!

Escrevo ainda com dor de cabeça e com o músculo das costas crispados.

Geralmente o meu trabalho é bem tranqüilo, claro, dentro da normalidade de um “TRIPALIUM” (quem não sabe, joga no GOOGLE). Como costumo dizer, ele é o meio realizador dos meus projetos.

Tenho colegas que se tornaram amigos de verdade, tenho uma chefe de setor que é simplesmente irreal. Salário e benefícios acima da média.

Tudo isso é o lado bonito, mas hoje tivemos uma tempestade muito atípica por aqui!

Por mais que demissões sejam corriqueiras em qualquer meio administrativo, às vezes aparecem algumas que nos tiram a paz e são essas, as por justa causa, que me refiro em especial!

Hoje fui testemunha, literalmente, de uma dessas! O clima de terrorismo que se instaura numa situação dessas é inevitável! Em casos delicados ainda se pede discrição!! Poxa, a casa caindo e tenho que ser discreto!!

Não só discreto, mas também profissional!

Valha-me Max Gehringer!!

Bom, tudo isso só pra pincelar o meu dia das bruxas que não teve doces nem travessuras!!!

C'EST LA VIE!

* hoje é aniversário do meu irmão Clênio Luiz!! Ontem fui numa chopperia comemorar com ele!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

TE PERDI

Da cor do céu meus olhos sem estrelas te buscam
Cai em mim, e não sei se sobrevivi a queda
E perceber certas coisas ainda me custam


Parece que ando quase sempre às cegas

Antes do teu não, não desejava teu sim

Antes do teu silêncio não me faltava tua voz

E agora o que sobrou de mim
Não é um décimo do que éramos nós


Absorto em coisas tão minhas

Ignorando o que era tão claro

Te perdi por coisas mesquinhas

Desperdicei o que me era mais caro


Ao meu lado eu nunca te vi

E agora é só o que eu vejo

Só Deus sabe o quanto perdi

agora sabe o quanto desejo


Surdo não ouvi aos teus gritos

Foram tantos sinais de alerta

Mas os sinais não eram infinitos

E só encontrei foi a porta aberta


Por mais justa que seja a partida

eu vejo atônito esse fim
uma paixão que não pode ser remida

Por que tem que ser sempre assim?


João Francisco Viégas (07/12/2005)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

MEU LIVRO!

Pronto, acabei de transcrever meu modesto livro para o blog.

Acabei em termos, na verdade é um novo começo. As possibilidades interativas da internet não vão me permitir ficar só no texto.

Mas por hora estou satisfeito por te-lo feito.

Gosto do meu livro, esse filho.

Talvez não seja nem bom, acho que há muitos personagens, acho que é muito obvio, muito cheio de clichês, meio confuso também. Mas é meu!

Então to aqui pra comemorar esse novo passo, ou melhor, essa engatinhada!

Agora é trabalhar mais. Revisar, aprimorar, enriquecer, simplificar, enxugar, pontuar... Opa falta tanta coisa assim?

Sejam todos bem-vindos!!

MATÉRIA DE CAPA


terça-feira, 14 de outubro de 2008

Se não fosse Veronika, seria eu

“Preciso me controlar. Sou alguém que leva até o fim qualquer coisa que decide fazer.”
Era verdade que levara até as últimas conseqüências muitas coisas em sua vida, mas só o que não era importante – como prolongar brigas que um pedido de desculpa resolveria, ou deixar de ligar para um homem pelo qual estava apaixonada, por achar que aquela relação não ia levar a nada. Fora intransigente justamente naquilo que era mais fácil: mostrar para si mesma sua força e indiferença, quando na verdade era uma mulher frágil, que jamais conseguira destacar-se nos estudos, nas competições esportivas de sua escola, na tentativa de manter a harmonia em seu lar.
Superara os seus defeitos simples, só para ser derrotada nas coisas importantes e fundamentais. Conseguia passar a aparência da mulher independente, quando necessitava desesperadamente de uma companhia. Chegava nos lugares e todos a olhavam, mas geralmente terminava a noite sozinha, no convento, olhando a televisão que nem sequer sintonizava os canais direito. Dera a todos os seus amigos a impressão de ser um modelo que eles deviam invejar – e gastara o melhor de suas energias tentando se comportar à altura da imagem que criara para si mesma.
Por causa disso, nunca lhe sobraram forças para ser ela mesma – uma pessoa que, como todas as outras do mundo, necessitava de outros para ser feliz. Mas os outros eram tão difíceis! Tinham reações imprevisíveis, viviam cercados de defesas, comportavam-se também como ela, mostrando indiferença a tudo. Quando chegava alguém mais aberto a vida, ou o rejeitavam imediatamente, ou o faziam sofrer, considerando-o inferior e “ingênuo”.
Muito bem: podia ter impressionado muita gente com sua força e determinação, mas onde havia chegado? No vazio. Na solidão completa. Em Villete. Na ante-sala da morte.

Veronika decide morrer / Paulo Coelho. – Rio de Janeiro: Objetiva, 1998 p.74
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