domingo, 28 de fevereiro de 2010

SACUDINDO O MUNDO



Ontem de madrugada mais um terremoto sacudiu o Chile, mais intenso que o devastador terremoto do Haiti em janeiro, mas menos mortal. No entanto, ondas gigantes varreram várias cidades do mundo, frutos do temido atrito entre as placas tectônicas.

O mundo quando começa a esquecer a imensa tragédia do Haiti, acaba sendo, literalmente sacudido e relembrado da nossa vulnerabilidade. E não acho que as coisas vão parar por ai. O mundo ainda vai cair perplexo com o grande terremoto na região de Los Angeles, o chamado "Big One", acredito que será ainda em 2010 ou no máximo em 2011.

Poderia citar ainda uma centena de sinais que estão acontecendo no mundo nesse começo de ano, por exemplo, os mais de 40 dias de chuva em São Paulo. Esses ‘avisos’ que a natureza emana já me preocuparam mais, bem mais, no entanto, hoje eu vejo que na verdade tudo isso é extremamente cíclico, nenhuma novidade no planeta, mas para nós sim!

Deixo em aberto a possibilidade de que talvez, o ciclo humano na Terra pode estar em seu declínio final, mas deixemos esse drama apocalíptico para horas mais oportunas, e se houver tempo para tais divagações e epitáfios.

Não acho, sinceramente, que as vésperas do 3º mês do ano, já seja prudente fazer uma analise de 2010, mas, MEU DEUS, que ano acelerado! Se isso tem mesmo algo a ver com a Ressonância de Schumann eu não sei, mas essa idéia me instiga.

Acho coisa feia e de gente folgada ficar reclamando da falta de tempo, mas é o que eu mais tenho feito nos últimos dias. É tanta coisa a fazer e não consigo... é ... 2010 não esta para brincadeira!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

ANA CAROLINA - DVD N9VE + 1

 

No fim de janeiro comprei o DVD Multishow Registro N9ve + 1, mas dessa vez maturei um pouco o produto antes de opinar a respeito.

Foi uma nova proposta, no DVD fugiu-se do que vem sempre acontecendo: lança o CD faz o show, lança o DVD e o Cd do show ao vivo. Desta vez não, desta vez o registro foi bem diferente.

O DVD foi gravado numa casa (no pátio, mais especificamente), meio ao vivo, mas meio fake também.

Os ‘figurantes’ acabaram não ajudando e por conta deles, perdeu-se um pouco a naturalidade do ambiente. Estavam ali gravando um DVD, qual o problema? Porque envfiar gente fingindo não estar nem ai para a Ana Carolina e seus convivas! Ao menos isso não compromete o todo, depois de um tempo até da pra sublimar.

Os convidados, (Luiz Melodia, Roberta Sá, Maria Bethânia, Ângela Rô Rô, Maria Gadú, Zizi Possi, Seu Jorge, Gilberto Gil, Antônio Villeroy, John Legend, Esperanza Spalding e Chiara Civello) pra quem curte uma boa MPB, foram bem escolhidos. Realmente pareceu que a Ana Carolina acercou-se de pessoas queridas para fazer este trabalho. Ah, disse MPB mesmo enxergando os estrangeiros da lista, afinal, o clima não se desfez.

Sempre serei suspeito julgando um projeto dessa cantora, afinal, sou um grande e declarado fã. Mas se valer de alguma coisa minha humilde opinião, eu digo que vale muito a pena ver essa turma toda arrasando ao lado da mineira!

A música que muito me pegou (digo isso porque ouço muitas vezes seguidas as canções que me acertam) foi “Mais que a mim” dueto com a Maria Gadú, que também tem uma interpretação indefectível, dá uma saudadinha da Cássia Eller, sem querer rotular o trabalho da Gadú.

Mais que a mim composta pela própria Ana Carolina com Chiara Civello deveria ter entrado no CD N9VE, e digo DEVERIA mesmo! A canção é muito boa, me lembra “Alguém me disse” de Evaldo Gouveia e Jair Amorim.

MAIS QUE A MIM

Ouvi dizer: você tá bem
que já tem um outro alguém
Encontrei moedas pelo chão
Mas não vi niguém pra me abraçar
me dar a mão

Eu chorei sem disfarçar
Quando vi seu carro passar
Vi todo o amor que em mim ainda não passou
Eu já não sei bem aonde vou
Mas agora eu vou.

Tentei falar mas você não soube ouvir
Tente adimitir!
Tentei voltar e pude ver o quanto errei
Te amei mais que a mim, bem mais que a mim.

Ouvi dizer que você tá bem
que já tem um outro alguém
Encontrei moedas pelo chão
Mas não vi ninguém pra me abraçar
me dar a mão

Eu chorei sem disfarçar
quando vi seu carro passar
Vi todo o amor que em mim ainda não passou
Eu já não sei bem aonde vou
Mas agora eu vou.

Tentei falar mas você não soube ouvir
Tente adimitir!
Tentei voltar e pude ver o quanto errei
Te amei mais que a mim, bem mais que a mim.

É, mais que a mim.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

RAINHA DO MAR (BAITA TROVA)


'BAITA TROVA de um JOÃO' está de volta! Pra quem ainda não sabe, esse post é um relato verídico de fatos que acontecem na minha vida e que não interessam a ninguém, no entanto, são fatos atípicos que merecem, no mínimo, um registro.

Quem quiser saber mais das outras ‘trovas’ é só clicar AQUI e se aventurar nas minhas histórias sobrenaturais!!

Ah! Esses meus 'causos' não obedecem à ordem cronológica nenhuma, seguem apenas os ciclos randômicos de minha memória segmentada!


Essa história aconteceu no século passado, mas lembro como se fosse hoje, e não por acaso transcrevo no dia 02 de fevereiro esse relato, quase inédito.

Antes de vir morar em Porto Alegre morei por um curto, bem curto período, em Rio Grande, mais especificamente na praia do Cassino (segundo o GUINESS BOOCK, é a maior praia contínua do planeta). Fui pra lá estudar com a minha melhor amiga (Tâmara) para nosso 1º vestibular. Se eu tivesse ficado por lá minha vida seria absurdamente diferente, são esses anos da juventude, essas pequenas decisões que tomamos que podem mudar completamente o destino.

Pois bem, ainda não era temporada de férias e a praia ficava quase sempre deserta. Eu que sempre gostei de um pouco de silêncio interno, costumava caminhar todos os dias pela beira da praia, ajustando assim o turbilhão de pensamentos que me acometiam. 

Na praia do Cassino existe uma enorme imagem a beira mar, de Iemanjá, ou Dandalunda, Janaína, Marabô, Princesa de Aiocá, Inaê, Sereia, Mucunã, Maria, Dona Iemanjá, Alodê, Odofiaba, Minha-mãe, Mãe-d’água ou ainda Odoyá,  onde sempre há toda sorte de oferendas. Seguidamente passando pela estátua eu pegava duvidando dessa força da natureza adorada pelo candomblé, e outros misticismos. Repudiava a comparação de Iemanjá com Nossa Senhora, numa tentativa infame de simplificar o complexo e religioso. Eu sempre fui muito católico, e não admitiria nada nesse sentido.

Numa manhã nublada de caminhada solitária pela beira mar, num devaneio de pensamentos eu parei e olhei profundamente para o mar. (saudade desse tempo que eu tinha pausas dramáticas olhando para o infinito e refletindo sobre a existência). Pensei se não era muita empáfia minha duvidar da existência de uma força da natureza, chamada e representada por muitos como Iemanjá.Afinal, quem tinha me dado a autoridade de saber em definitivo o que era verdade ou mentira. Seria difícil mudar minha opinião, voltar atrás e crer que a Rainha do Mar era real.

Como um bom cético eu quis uma prova, uma prova definitiva de que ela existia. Quem tem fé não precisa ver para crer, eu nunca pedi prova nenhuma para Deus, no entanto eu não cria em Iemanjá, pedir uma prova não seria grosseria!

Lembro bem dos termos que eu usei, bem típicos por sinal. Eu jurei ali, a beira do Oceano Atlântico, que se a Rainha do Mar me desse uma prova de sua existência eu jamais desmentiria sua existência para ninguém no mundo. Deixei claro que não diria a ninguém que acredito que ela existe, mas que também não poderia negar esse fato. 

Nem bem havia concluído esse pensamento quando uma onda bem mais forte que as demais avançou pela areia chegando até meus pés. Junto com a onda, para minha surpresa, veio uma centena de peixinhos prateados. Mal pude acreditar no que via. A onda trouxe aquele sem numero de pequenos peixinhos e deixo-os sob meus pés. Com a luz do sol que começava a escapar entre as nuvens, o prateado dos peixes deixou o cenário ainda mais surreal. E eu atônito vendo aquela cena.

Mais tarde uma segunda onda veio e resgatou boa parte dos peixes, outros tantos eu mesmo devolvi ao mar, mas para que essa história não se tornasse mais uma ‘história de pescador’ eu consegui encontrar uma sacola e levei para casa comigo parte da prova, o suficiente para encher um tanque. 

Coincidência ou não, hoje eu cumpro minha parte do acordo. Não tenho como, nem quero convencer ninguém da existência de iemanjá, mas com certeza, e mantendo a minha palavra, jamais vou negar novamente a sua autenticidade! 



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