terça-feira, 11 de setembro de 2012

ÚLTIMO ROMÂNTICO?!

Não tem dias que a gente acorda tão romântico, que chega a dar medo?! - Normalmente não, mas esses dias me peguei nessa `vibe` cor-de-rosa!
 
Já vou longe dos anos da adolescência, dos sabores e dissabores que as primeiras sensações causavam, e por isso pensei que certos tipos sentimentos e aspirações já tinham desaparecido, assim como os dentes de leite que dão lugar as coisas atinentes a idade.

Mais jovem, quando eu vim do interior, eu era um romântico inveterado (por que romântico e inveterado me parecem palavras compulsoriamente contíguas, não?)! Na época, sentia as coisas de uma maneira muito diferente... crente, romântico, inspirado, imaturo (na melhor acepção possível da palavra)...

O passar do tempo não me trouxe nenhuma decepção mordaz, nada de traumático, mas ‘na teoria a prática é bem diferente’. Dentro deste contexto, ter mais experiência pode ser um saco! Torna tudo tão previsível, tão monótono, tão repetitivo... 

Piora por eu ser um cara linear, sem muitos altos ou baixos, sem grandes polaridades, ainda que não ache isso ruim, - na verdade acho uma das minhas melhores qualidades -  ninguém me encontra rolando na rua inebriado de tanta felicidade e entusiasmo, mas igualmente nada me atinge tão profundamente que possam me encontrar na sarjeta me lamuriando sobre a má sorte da vida!

Entretanto ser tão pragmático acaba tirando um pouco a magia das coisas, e isso somado a alguns anos de experiência desmistifica o que não poderia ser desmistificado, que é justamente o campo das emoções!

Mas do nada, chega um dia em que me pego um João de 18 anos... com um friozinho na barriga... com uma sensação de que algo muito bom estar por vir... (alguns dizem que são borboletas no estomago), e de repente posso acreditar novamente naquele amor romantizado? Será? Ou será a proximidade da primavera já alterando meus hormônios, sentidos e libido? - E olha que não estou apaixonado por ninguém!

Ah! O pragmático em mim tem que teorizar, analisar cartesianamente o que não tem razão lógica de ser!

Agora é peleia braba! Ou o cético mata o iludido, ou o iludido prova para o cético que nem todas as ciências são exatas!





EXATO MOMENTO
 Ze Ricardo

O amor precisa da sorte
De um trato certo com o tempo
Pra que o momento do encontro seja pra dois
 o exato momento

O amor precisa de sol
E do barulho da chuva
De beijos desesperados
De sonhos trocados, da ausência de culpa

Talvez o amor só seja assim pra mim
E pra você não seja nada disso

Mas eu prometo tentar aprender a te amar 
do jeito que for preciso...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

VACACIONES EN BUENOS AIRES, ARGENTINA!


Com a correria do trabalho e da faculdade, às vezes é preciso trocar de ares! E nada melhor do que procurar bons ares! – [Orai pelos trocadilhos infames!]

O bom de fracionar as férias é poder aproveitar outras coisas que não somente aquelas que o verão enseja. Foi o que fiz curtindo a parte II das minhas férias em Buenos Aires na Argentina.

Gostei muito do que vi e vivi por lá. Recém chegado ainda trago nos pulmões esses verdadeiros bons ares!  Foram dias perfeitos de descanso e curtição com antigos e novos amigos!

 Fui recebido na casa de um amigo que há 6 anos mora por lá, e essa ‘conveniência’ já foi meio caminho andado para o sucesso da viagem. 

O que posso dizer de Buenos Aires? É quase como uma segunda casa! Os hábitos e costumes são assustadoramente semelhantes aos nossos daqui do sul do Brasil. Em algumas esquinas podia jurar que estava caminhando em Porto Alegre! Claro, guardemos bem guardadas as proporções!

Quando viajei pelo Brasil confesso que tive um choque cultural muito maior. Clima, hábitos e costumes, enfim, é estranho um país distinto ser mais próximo do que um estado da mesma federação e comprovei isso ‘in loco’.

O povo argentino, ou o que dele conheci, foi super amistoso e receptivo. Adoram o Brasil (mais precisamente nosso litoral) e reconhecem que estamos vivendo na era de ouro do BRASIL. A tal rivalidade? Não sei, não vi!

O idioma não foi nem de longe um problema, o espanhol castelhano é muito fácil de entender e como eu já tinha um bom ouvido para espanhol, deu para tirar de letra e ainda dar muitas boas risadas com os falsos cognatos!!

Conheci lugares bem bacanas como Caminito, Obelisco, La Boca, Casa Rosada, San Telmo, Palermo, e o que mais gostei: Puerto Madero

Além dos lugares, conheci também pessoas incrivelmente especiais, e é isso é que faz uma viagem de férias ser um sucesso, e nesses quesitos não posso me queixar!

Como o tempo é curto ainda faltaram alguns destinos turísticos, que com certeza adorarei conhecer em uma próxima oportunidade, afinal a capital portenha é logo ali!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

PRA VOCÊ VIVER MAIS...

Quanto tempo leva para um coração se curar? Será que ele é capaz disso sozinho?

Não, essa não é uma história com final feliz e não me serviram as compaixões enlatadas, ainda que sinceras.
A morte não é brincadeira, a morte leva muito tempo!

Apesar de saber exatamente o que eu sinto, e normalmente expressar-me com facilidade, hoje (e já a alguns dias – muitos deles) a tela em branco do monitor me petrifica. Encontro mil vezes adiado por que não conseguirei traduzir a enésima parte do que experimento, e não queria decepcionar nesse tosto ‘review’... a alguém que nunca vai ler isto!

Vim com 19 anos e umas moedas, morar na cidade grande. Deixei a família e fui me infiltrando aos poucos na metrópole. Não falo por todos migrantes , mas quando a gente deixa o seu território e fica longe dos laços familiares, outros laços se fortalecem e as amizades acabam sendo uma nova e valiosa família, só que desta vez eleita.

Comigo foi assim, meus amigos tomaram ares de família, e sempre fui afortunado nesse quesito. Grande sorte nessa vida é ter grandes amigos. Randômicos, especialistas, pontuais, precisos, transitórios, convenientes, pétreos! - Ratzinger, Obama, Rousseff poderiam me apontar o dedo, mas se meus amigos estivessem ao meu lado, eu seguiria em frente!
Voltando no tempo uns oito anos, num dia 21 de dezembro (dia fatídico desse próximo ‘fim do mundo’) ganhei de presente um novo amigo. Na minha festa de aniversário, trazido por amigos de amigos de amigos, nos reconhecemos imediatamente, porque amigos de verdade são assim, não se conhecem mas se reconhecem, como disse o poetinha!

Caçulas e canhotos, chatos e pretenciosos, festeiros e cumplices, apegados e debochados, críticos, ferinos e felizes...
Dai por diante dividi com esse amigo os melhores anos da minha vida (até agora), e alguns dias ruins também...

Oito anos passados, hoje eu trato de aprender a lidar com uma ausência imposta, fisicamente intransponível. Já são pouco mais de 60 dias, que as vezes parecem 60 minutos e outras parecem 60 anos...

E eu que pensei que já tinha sentido todo tipo de saudade... tstststs... agora sei que aquele numero de telefone não me ligará NUNCA mais, aquele e-mail NUNCA mais vai ser respondido, aquele comentário NINGUÉM mais vai fazer, a viagem ficará para SEMPRE no projeto, aquele show NÃO nos terá mais na plateia, NÃO vou saber daquela serie incrível que estou perdendo de assistir, o videokê NÃO será mais suportável, aquela piada interna NINGUÉM mais vai entender...

 Agora o João, e tudo que seja meu, tem bem menos graça... tem menos alguém torcendo por mim, menos alguém me criticando e me fazendo ser melhor... aquela opinião que tem o peso de um milhão de outras opiniões quaisquer do mundo. Não vou poder submeter o futuro ‘amor da minha vida’ ao crivo impiedoso desse amigo contumaz! 

Não da mais tempo de eu conseguir um ‘amigo de infância’, um ‘amigo dos anos dourados’. Uma vaga que ficou para sempre vaga, e pra sempre leva muito tempo! Minha história agora é incompleta... E, meu Deus, eu sei o quanto tudo isso é egoísta!

Se alguém por aí souber como lidar com a perda de alguém que te chama de ‘MELHOR AMIGO’, por favor me ensine!

Não deu para evitar o ‘Drama Queen mode on’ – e eu odeio a auto piedade ou suscitar comiseração. Cada um de nós tem suas próprias misérias para lidar, e elas não são dimensíveis ou comparáveis. A pior dor é aquela que estamos sentindo, vivendo!

E a vida segue igualzinha... com as mesmas 24hs... ninguém percebe que nada é como antes, nem mesmo eu percebo as vezes! E já disse tão bem Willian que "não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam..."

O MAIOR AMIGO deixou o MELHOR AMIGO! – e eu morri um pouquinho com ele... é sempre assim não é?!

Carlos Drummond de Andrade, valha-me meus poetas, foi certeiro quando disse que “a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional”, e é sobre essas palavras que tenho vivido até que tudo seja cicatriz.

“Vou deixar a rua me levar, ver a cidade se acender. A lua vai banhar esse lugar, e eu vou lembrar você...”

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

QU4TRO ANOS DO PÉ DE FEIJÃO



Aniversário do BLOG, mas sem tantos motivos de comemoração! Essa estiagem aqui no sul tem impedido bons grãos neste pé de feijão! [depois disso, nada mais me lembro] 

Ando mesmo sumido aqui deste blog e também dos blogs das cercanias, que eu tanto prestigio! Sumido por um milhão de motivos ou por nenhum especifico! E sabe como é, quando não se tem muito que dizer é preferível ficar calado. 

Não obstante, como manda a tradição de aniversário, ao menos fica aqui esse postizinho para não dizerem por ai que morri! 

Assim que o semiárido das minhas ideias for abençoado com aguas salutares de subjetividade eu volto para contar e comentar sobre o que tem acontecido nesse mundo bizarro... 

Vou sair um pouco da frente do computador, por a cabeça em ordem e vou curtir o verão!! 

Boas férias a todos e até já!!! 
Quem quiser conferir o baú do Pé:

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