quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PLÁGIO - QUEM COPIA QUEM?


“Qualquer ideia que te agrade,
Por isso mesmo... é tua.
O autor nada mais fez que vestir a verdade
Que dentro em ti se achava inteiramente nua...”
Mário Quintana

O que define o plágio?

Ontem estava navegando pela internet e me deparei com um blog que uma de suas colunas tem o formato muitíssimo parecido com o outro blog que tenho.

A idéia (que não é necessariamente original) é trazer um assunto “X” como tema e submetê-lo a duas analises, a dele e a dela. Quando vi a coluna e alguns detalhes muito coincidentes logo fui procurar a data da origem, e descobri que o ‘outro’ é bem mais antigo que o ‘nosso’. 

Se não fomos copiados, e também não copiamos, isso é plágio?

O próprio Pé de Feijão, quando foi criado eu sabia que a idéia não era exatamente original, mas como não encontrei nenhum blog com essa idéia, plantei esse pé. Algum tempo depois num comentário fui avisado que existia um outro João com um outro pé de feijão rolando pela blogosfera

Não gosto de idéia de copiar nada, nem ninguém. Até a inspiração em alguma coisa deve ser bem pensada. Tenho repúdio a idéia de me valer de algo que não é meu. 

O PORQUÊ EPISTEMOLÓGICO DESSE MEU REPUDIO AO PLÁGIO:

Logo que aprendi a escrever (por volta dos 7 anos), tive como tema de casa (lição de casa), escrever uma frase sobre o dia das mães, ou algo que o valha. Acabei esquecendo de fazer o tema, e chegando na aula na hora de entregar, acabei copiando a uma frase de um cartão que tinha lido em casa, mudei algumas coisas, mas não o suficiente para sentir-me autor. Enfim, que mal teria copiar umas palavrinhas?

O que eu não sabia é que as frases de todas as turmas seriam selecionadas e a mais bonita seria publicada no jornal da escola (a maior escola da minha cidade). Alguns dias depois a professora me chamou e mostrou já publicada a ‘minha’ frase em homenagem as mães. Estava lá, estampado em centenas de exemplares o meu nome e a maldita frase plagiada.

Mal pude esperar o dia acabar para chegar em casa e contar toda verdade para minha mãe, antes que ela viesse me cumprimentar pelo ‘êxito’. Acho que nunca tive tanta vergonha na minha vida. Sem contar o medo de que alguém reconhecesse a frase e apontasse a fraude.

Não lembro exatamente do desfecho da historia, acho que minha mãe contou para professora e tudo acabou bem, ninguém reconheceu a frase, mesmo por que na tentativa de copiá-la, acabei criando uma outra frase, parecida, mas irreconhecível. Por garantia queimei o cartão com a original. 

Até hoje isso estava morto e enterrado.

Quando encontrei o blog adjacente, me lembrei dessa infame passagem da minha infância. 

O velho guerreiro poderia me anistiar com sua frase: “Nada se cria, tudo se copia”, mas prefiro ainda tentar a originalidade.

Quem quiser dar uma olhada nos casos que citei:


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