sábado, 27 de setembro de 2008

Antes tarde


Antes que a mágoa de hoje
Que ontem era só amor
Amanhã se transforme em rancor
Vou seguir o meu caminho,
ainda que seja sozinho

Antes que o caminho que hoje é só dor
E ontem estava repleto de planos
Amanhã seja o pior dos enganos
Vou calar meu coração,
tosco e insensato, viciado em rejeição

Antes que meu coração que hoje é só trevas
Que radiava ainda ontem de alegria
Se perpetue, amanhã, em noite fria
Vou tirar você de mim,
mesmo sendo maior a dor assim

Vou tirar você de mim por que hoje és só sofrimento
E se ontem foste a minha maior paixão
Amanhã não passarás de uma simples recordação...



29/08/1999 - João Francisco Viégas

sábado, 20 de setembro de 2008

Foi o 20 de Setembro o precursor da liberdade

Hoje é feriado de 20 de setembro!! Orgulho da Revolução Farroupilha, dez anos de combates contra o Império!! Caiu também num sábado!! Que lastima!

Eu estava aqui revirando meu baú de pensamentos e avaliando o que essa data significa realmente pra mim, um gaúcho!

Não há como negar que corre nas minhas veias esse sangue farrapo. Uma ligação meio sobrenatural com esses fatos que banharam de sangue o nosso pampa. Um orgulho quase tangível de ser gaúcho, um pulsar mais forte no coração ao ouvir um vanerão, ou Hino Rio-Grandense e inevitável.

Incrível, mas essa ideologia arraigada só pode vir de piá! Hoje sou metropolitano, vivo em Porto Alegre, o chimarrão é quase diário, mas há anos não sei o que é montar num cavalo, bombacha não me veste desde os 15 anos, baile gaudério não vou desde meus tempos de invernada, mas ta tudo ali no meu gene. É mais ou menos como o samba para brasileiro, podemos não gostar, mas é um patrimônio, uma insígnia!

Mas não era isso que queria dizer, dedos e teclado têm vida própria mesmo!

Eu queria dizer que, sem dúvida, povo gaúcho é muito diferente do resto do Brasil, isso sem ufania, sem barreirismo, sem ser egocêntrico. Quem já veio pra cá sabe como há diferenças maiores que o sotaque. Na verdade e no passado esse povo do sul, os farrapos, foram GRANDES, fizeram bonito, deram-nos o direito de ter orgulho de sermos gaúchos, mas o tempo passou!

Não vejo mais em nós a força para batalha que o Brasil precisa. Hoje estamos todos num mesmo marasmo, indignados e acomodados! Pior que ser alienado a política e ao governo é não ser alienado, mas ser acomodado!

Como pode um povo aceitar o que nosso povo aceita?

Como pode?

Não sei, mas eu também aceito. Minha indignação não mudou nada até hoje. No máximo consigo abrir os olhos de alguns amigos, e torná-los, como eu, inconformados acomodados!
No nosso hino há um verso incrível:

“Sirvam as nossas façanhas
de modelo a toda a terra.”

“Mas não basta ser livre
ser forte, aguerrido e bravo
o povo que não tem virtude,
acaba por ser escravo.”


Acho que ele acaba servindo pra nós mesmos!

Me indigna protestos vazios e sem obras como a que fiz! Clichês não mudam nada em lugar algum, e eu faço parte disso!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Em outros contos...

Esse trecho diz muito de como estou me sentindo hoje...


"- Podes me dizer, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?

- Isso depende muito de para onde queres ir! - respondeu o gato.

- Preocupa-me pouco aonde ir! - disse Alice.

- Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas! - replicou o gato."




Lewis Carroll

domingo, 7 de setembro de 2008

Meu país, cadê?

Ah, meu Brasil querido
Guardo uma mágoa de ti
Vejo meu povo sofrido
Sem muito motivo pra rir

Se te gabavas do céu anil
Hoje a fumaça o cobre
Trocaste a banana pelo fuzil
Tu que és rico, mas é pobre

E toda essa ginga brasileira
Que tem essa gente sofrida
Levantava com samba poeira
Mas hoje desvia de bala perdida

E tudo fica mal parado
Ninguém sabe o que fazer
Porque ta sempre tudo errado
Começando pelo poder

Se o chimarrão ta frio
E o acarajé ta sem dendê
É porque o traficante do Rio
Agora surfa no Tietê

Mas fé esperança e garra
Não se compra por aí
E vamos vivendo na marra
Porque nenhuma ave canta como as daqui




(João Francisco Viégas - 2001/2005)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

PACIÊNCIA

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

A vida é tão rara!...


Lenine e Dudu Falcão

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

TÔ VACINADO!

Pronto, obrigação social cumprida!

Hoje fui vacinado contra rubéola. Não que eu achasse ela uma ameaça direta a minha pessoa, mas foi pelo dever moral que me senti impelido.

Essa doença não é grave, para os homens então é pouca coisa, mas minha motivação vem do receio de me tornar um transmissor em potencial desse vírus para as futuras mamães.
Pesquisei sobre alguns casos da Rubéola Congênita e me senti na obrigação de participar dessa campanha da erradicação desse vírus.

Aqui vai o link da Secretaria de Saúde onde pode-se obter mais informações sobre a campanha!
Aqui fica o meu apelo também! Se tu ainda não foi vacinado ou se tem alguém ai do teu lado que só precisa de um empurrãozinho, FAÇA-O, por favor!

É de graça, e a injeção nem é na testa!

A cidadania começa com o cidadão!


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