segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

ELUANA ENGLARO


Morreu nesta segunda Eluana Englaro, italiana de 38 anos e em coma há 17.

Essa morte incendiou a discussão sobre a famigerada eutanásia.

E agora José?

Quem me conhece sabe que sou defensor ferrenho da vida e da teoria que só Deus, que nos dá a vida é quem poderia tirá-la. Na teoria é isso mesmo que penso.

Mas essa Metamorfose Ambulante que vos fala percebe esses sofismas e não posso deixar de partilhar minhas não conclusões.

Continuo não sendo a favor da eutanásia (agora já não consigo dizer que sou contra) e analisando o caso específico de Eluana não tenho como não compreender o que se passa com Giuseppe, seu pai.

Esse homem luta há 10 anos por deixar sua filha descansar em paz. Ele não quer se ver livre de um incomodo vegetativo, ele quer a libertação da alma de uma menina que pela mão egoísta do homem foi aprisionada a máquinas e parafernalhas que não lhe dão de volta a vida e tampouco lhe oferecem a morte digna.

Eluana se foi e eu não considero isso um assassinato, como talvez julgasse alguns anos atrás.

Eluana se foi e nós ficamos nessa vida tentando acertar e não corrompermos a nós mesmos.

Eluana se foi e talvez só agora a vontade Deus tenha sido respeitada.

Um comentário:

Dom Fernando II disse...

Sempre fui a favor da eutanasia, porque se o individuo n chora, n sente, n se emotiva, n interage e não há a menor necessidade de um dia ele voltar a sentir isso, não há individuo ali. Ha um corpo.
O que n sou a favor é da pena de morte. Acho que por eu ser rancoroso e vingativo, acredito que o individuo deva sofrer a vida inteira pelo crime que pagou, trabalhando em penitenciarias sem expectativas.
Acho que se eu fosse mais humano seria a favor, não sei. Não sei pq nunk passei por algo parecido.
"O que outrora serviu de motivação emocional para matar, hoje é um raciocínio lógico de seu universo íntimo. Então, eu considero que se esta pessoa não assassinou por motivo fútil, ela merece ser vista à clareza das imparcialidades. Por ter me autotreinado nisso a vida inteira, aprendi que para se julgar um gesto apaixonado é preciso muito desapego. E que há de se ter compaixão, pois com ela, não só este crime, mas qq transgressão humana pode ser compreendida. Não há nada mais primário e mesquinho do que enxergar os atos alheios pelo ângulo exclusivo da acusação. Não se deve pensar, aquele fez mal à minha filha. Pense antes, minha filha fez mal a alguém. Aí jogue o preconceito no lixo, abra seu coração, encha o espírito de benevolência, e só então comece a julgar tudo aquilo que não compreende." Maite Proença passou por isso. Duas vezes. Mas não era sobre eutanasia que estavamos falando?
Incrivel essa capacidade de não me focar, rsrrs
Abraços

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...