'BAITA TROVA de um JOÃO' está de volta! Pra quem ainda não sabe, esse post é um relato verídico de fatos que acontecem na minha vida e que não interessam a ninguém, no entanto, são fatos atípicos que merecem, no mínimo, um registro.
Quem quiser saber mais das outras ‘trovas’ é só clicar AQUI e se aventurar nas minhas histórias sobrenaturais!!
Ah! Esses meus 'causos' não obedecem à ordem cronológica nenhuma, seguem apenas os ciclos randômicos de minha memória segmentada!
Essa história aconteceu no século passado, mas lembro como se fosse hoje, e não por acaso transcrevo no dia 02 de fevereiro esse relato, quase inédito.
Antes de vir morar em Porto Alegre morei por um curto, bem curto período, em Rio Grande, mais especificamente na praia do Cassino (segundo o GUINESS BOOCK, é a maior praia contínua do planeta). Fui pra lá estudar com a minha melhor amiga (Tâmara) para nosso 1º vestibular. Se eu tivesse ficado por lá minha vida seria absurdamente diferente, são esses anos da juventude, essas pequenas decisões que tomamos que podem mudar completamente o destino.
Pois bem, ainda não era temporada de férias e a praia ficava quase sempre deserta. Eu que sempre gostei de um pouco de silêncio interno, costumava caminhar todos os dias pela beira da praia, ajustando assim o turbilhão de pensamentos que me acometiam.
Na praia do Cassino existe uma enorme imagem a beira mar, de Iemanjá, ou Dandalunda, Janaína, Marabô, Princesa de Aiocá, Inaê, Sereia, Mucunã, Maria, Dona Iemanjá, Alodê, Odofiaba, Minha-mãe, Mãe-d’água ou ainda Odoyá, onde sempre há toda sorte de oferendas. Seguidamente passando pela estátua eu pegava duvidando dessa força da natureza adorada pelo candomblé, e outros misticismos. Repudiava a comparação de Iemanjá com Nossa Senhora, numa tentativa infame de simplificar o complexo e religioso. Eu sempre fui muito católico, e não admitiria nada nesse sentido.
Numa manhã nublada de caminhada solitária pela beira mar, num devaneio de pensamentos eu parei e olhei profundamente para o mar. (saudade desse tempo que eu tinha pausas dramáticas olhando para o infinito e refletindo sobre a existência). Pensei se não era muita empáfia minha duvidar da existência de uma força da natureza, chamada e representada por muitos como Iemanjá.Afinal, quem tinha me dado a autoridade de saber em definitivo o que era verdade ou mentira. Seria difícil mudar minha opinião, voltar atrás e crer que a Rainha do Mar era real.
Como um bom cético eu quis uma prova, uma prova definitiva de que ela existia. Quem tem fé não precisa ver para crer, eu nunca pedi prova nenhuma para Deus, no entanto eu não cria em Iemanjá, pedir uma prova não seria grosseria!
Lembro bem dos termos que eu usei, bem típicos por sinal. Eu jurei ali, a beira do Oceano Atlântico, que se a Rainha do Mar me desse uma prova de sua existência eu jamais desmentiria sua existência para ninguém no mundo. Deixei claro que não diria a ninguém que acredito que ela existe, mas que também não poderia negar esse fato.
Nem bem havia concluído esse pensamento quando uma onda bem mais forte que as demais avançou pela areia chegando até meus pés. Junto com a onda, para minha surpresa, veio uma centena de peixinhos prateados. Mal pude acreditar no que via. A onda trouxe aquele sem numero de pequenos peixinhos e deixo-os sob meus pés. Com a luz do sol que começava a escapar entre as nuvens, o prateado dos peixes deixou o cenário ainda mais surreal. E eu atônito vendo aquela cena.
Mais tarde uma segunda onda veio e resgatou boa parte dos peixes, outros tantos eu mesmo devolvi ao mar, mas para que essa história não se tornasse mais uma ‘história de pescador’ eu consegui encontrar uma sacola e levei para casa comigo parte da prova, o suficiente para encher um tanque.
Coincidência ou não, hoje eu cumpro minha parte do acordo. Não tenho como, nem quero convencer ninguém da existência de iemanjá, mas com certeza, e mantendo a minha palavra, jamais vou negar novamente a sua autenticidade!
6 comentários:
Meu caro senhor João, parabens pela experiencia vivida
bjos e tenham uma terça tranquila ou agitada ai é a gosto do fregues
Caro, João
Seu blog sempre me cativa!
soube agora de uma boa surpresa...conheci seu irmão por blog, nem sabia que tinham conexão..
que bom isso! o elo se fecha, abraço.
===
Eis as experiências provadas na força da fé... é crer ou não crer!
E mais bem-aventurado serás não vendo, mas crendo!
Boas palavras. Lições escorrem nos parágrafos!
Gostei daqui!
===
Olá passando aqui para conhecer seu blog, parabéns pelas postagens.
Muito gostoso de ler o seu blog, Um texto claro, objetivo e de fácil entendimento.
Beijinhos a vc
www.rute-rute.blogspot.com
João coloca baita nisso e que história - que praia. Estou adorando o seu blog
Beijos
Postar um comentário