segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ONDE ESTÃO OS MESTRES?

 
A cada novo semestre da faculdade eu rezo para ter bons professores. Devo estar rezando pouco, ou para o santo errado.

Não estudo na melhor faculdade do Rio Grande do Sul e, portanto não esperava encontrar os melhores professores do estado, mas tem alguns que quase põe toda a classe a perder.

Vamos combinar que nem todas as matérias são verdadeiramente pertinentes, ou essenciais, mas entendo que fazem parte do currículo e não adianta se debater, mas se ao menos os professores abrilhantassem um pouquinho o conteúdo, esse martírio seria menos doloroso.

Não falo nem em capacitação, nisso todos meus professores tem vasto, ou aceitável currículo, mas sabemos que para ensinar, é preciso bem mais que horas de graduação. Quando o professor é bom, a mais insossa das matérias pode se tornar uma jornada fantástica de conhecimento.

Tive alguns professores muito ruins, muitos professores medíocres, poucos professores bons e só um mestre. Essas são minhas estatísticas, e acredito que algo parecido deva se multiplicar pelo Brasil. Por sorte tive aula com um mestre (Prof. GILBERTO TESTA) no 1º semestre, em tempo de tirar algumas vendas dos meus olhos.

A cada dia cresce em mim uma vontade (que ainda me surpreende) de me tornar também um professor, mesmo como uma carreira alternativa. A cada aula ruim que tenho, não posso deixar de pensar que poderia fazer melhor que aquilo. Pena ter começado tarde, falta terminar a graduação, fazer o mestrado e ainda me aperfeiçoar com o doutorado. Mas por enquanto são apenas elucubrações.

Minha mãe é professora, uma professora apaixonada, independente da falta de valorização financeira. Certamente uma inspiração, mesmo que ela prefira dar aula aos pequenos e mais jovens. 

Expressado meu protesto. Quem sabe tenha mais sorte no próximo semestre!

11 comentários:

Cris França disse...

tudo que a gente faz com amor, faz bem feito

Dan disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dan disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dan disse...

Eu não conseguiria ser professor. Me falta paciência eu acho.
rs

seja bem-vindo sempre ao blog!
abraço

Cleyton Cabral disse...

Como me vi nessa postagem. Filho, o módulo atual do meu mba está sendo cruel, visto que a professora se encaixa no "muito ruim". Abs.

Dani Brito disse...

Nossa João você disse TUDO agora, concordo em gênero, número e grau.
Olha, eu odiava história até o dia em que eu tive aula com um professor maravilhosamente bom que me envolveu tanto que eu passei a gostar, portanto eu acho que professor que não tem didática é o fim e faz você odiar a matéria! Eu sofro muito com isso porque sou meio dispersa, ou seja, pra mim o professor é bom quando prende minha atenção..rs..beijo!

railer disse...

em todos lugares têm bons e maus profissionais. aproveite pra aprender com os bons!

Richard Mathenhauer disse...

Deixe de ter pouca fé e reze mais, ora!

s a u l o t a v e i r a disse...

Caro João, que prazer recebê-lo no Partitura.
Amigo, me reconheço neste post. Me graduei em História e me lembro de sair revoltado de uma aula quando a digníssima professora disse que não teríamos, alí, nem 70% do conhecimento necessário. Sugeriu que a faculdade seria, apenas, um processo burocrático pra exercer a profissão. E a faculdade era particular, nem fingir a tia sabia.
Bem, quanto a dar aulas, o fiz com adolescentes e crianças, é uma linda realização, mas é preciso talento! Sou comunicativo, sabia seduzi-los bem, mas o volume de trabalho, quando não ensina adultos, é muito grande, a energia dispensada em sala de aula é absurda, visceral, embora gratificante!.
Sucesso em tua jornada, gostei do blog, estarei presente.

Abraços.

Anônimo disse...

João, retribuindo a visita, devo dizer que gostei muito de subir aqui no teu pé de feijão. Identificação total aqui com o texto sobre os mestres, a começar pela forma de escrever e o caráter franco das tuas palavras. Além disso, sou tb filho de professora e um apaixonado pela Educação, área em que atuei por nove anos. Outra coisa: estou a caminho da faculdade, farei "Produção Cultural", se aprovado no vestibular.
Sucesso e siga plantando sementes verdadeiras.

Um abração e apareça sempre no InterTextual.

Unknown disse...

João, serei eu o que?
(risos)
Amo o que faço. Luto todos os dias para não cair na mediocridade.
Lute, seja professor e modifique o mundo.
Ser professor é algo como fazer um "montão" de filhos. Se vc for bom, eles sempre vão te procurar (tem uma galera me procurando!).
Amo todos!
Abração

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