sábado, 27 de junho de 2009

QUEBRA DE PARADIGMAS



A palavra paradigma significa um modelo ou um conjunto das formas básicas e dominantes do modo de se compreender o mundo e o modo de uma sociedade ou mesmo de uma civilização - do modo de se perceber, pensar, acreditar, avaliar, comentar e agir de acordo com uma visão de mundo, numa descrição mais aceita, culturalmente repassada pela educação, do que seja a nossa realidade, numa bem sucedida maneira de ver, se ver, nos vermos o/ou o mundo e que é culturalmente transmitida às novas gerações.

Na entrevista a Carta Capital, André Midani, um dos nomes mais importantes da indústria fonográfica mundial, define muito bem o exato momento em que, ante a quebra de um paradigma, tem-se que tomar um dos lados.

“... das oportunidades que se apresentaram, ao mesmo tempo se apresentaram ameaças. Escolheram lutar contra as ameaças e não criar oportunidades. Foram para porta errada.”


A indústria da musica é um belo, ou trágico, exemplo do que pode acontecer a um ramo de negócios quando não vislumbram a chegada de um novo paradigma.

As grandes gravadoras com seus planteis estelares não estavam preparadas para o avanço da tecnologia que veio revolucionar o comportamento mundial no que diz respeito ao consumo de musicas.

A pirataria dos CDs foi apenas o começo da derrocada desse império. A inclusão digital chegou para sentenciar de vez o fim de uma era, agora que o download de musicas ilegais é quase incontrolável na Internet.

O paradigma em que as gravadoras estavam presas e que contavam como certo, cegou os dirigentes às mudanças que surgiriam. Nesse momento crucial faltou a esses executivos o espírito de ‘pioneiros de paradigmas’. Faltou que ousassem ao desconhecido, faltou quem compreendesse as novas diretrizes que se nasciam nesse meio.

Agiram apenas como colonizadores, permaneceram na zona de conforto e acabaram dragados pelo novo, pela mudança, pelo novo paradigma que os suplantou.

Esses fatos vividos pelas gravadoras não foram isolados. Vemos os mesmo erros e as mesmas derrocadas nas grandes montadoras de carros, nas grandes editoras de famosos jornais, nas grandes empresas que por serem tão complexas se tornaram dinossauros incapazes de se adaptar a nova realidade do mundo.

No contexto do século XXI há cada vez menos espaço para os colonizadores. A velocidade das mudanças e a fúria capitalista já não deixa muito lugar para esse tipo de mentalidade apenas colonizadora. O século XXI é propicio apenas aos “pioneiros de paradigmas”, somente os agentes de mudanças sobreviverão as suas próprias mudanças.

(entrevista feita pelo jornalista Pedro Alexandre Sanches, publicada na revista CartaCapital 513, de 17 de setembro de 2008, com o produtor musical André Midani.)



Esse artigo me rendeu um 10 em Filosofia. Com as outras provas fiquei com essa média no semestre. É bom saber que estou usando bem os dois hemisférios do meu cérebro!!



Um comentário:

Anônimo disse...

Se tudo o que você nunca foi
O nada que eu gosto de você, poderia ter sido
Mas ainda, você vive dentro de mim
Então me diga como é isso?

Você é o único que eu desejaria poder esquecer
O único que eu amo para não perdoar
E apesar de você partir o meu coração
Você é o único
E apesar de existir momentos em que eu te odeio
Porque eu não consigo apagar
Os momentos que você me machucou
E colocou lágrimas no meu rosto
E até agora, quando eu te odeio
Me dói dizer
Eu sei que estarei lá
No final do dia

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